Os jogos olímpicos de Inverno constituem uma versão das olimpíadas para os desportos praticados sobre o gelo e a neve e, no início do século XXI, contavam já com numerosas modalidades tais como:
. biatlo, que mistura longas caminhadas sobre a neve com o tiro a alvos localizados a 50 m de distância;
.bobsleigh, na qual é utilizado um tobogã que percorre uma pista de gelo a altas velocidades;
. combinada nórdica, cuja primeira fase, de saltos, determina a posição de largada da corrida de cross-country;
. curling, que tem como objectivo principal posicionar oito pedras em granito o mais próximo possível do alvo (tee);
. esqui alpino, em que o atleta desce a montanha, a alta velocidade, e em cujo percurso foram colocados vários obstáculos (inclui slalom e downhill);
. hóquei no gelo, um jogo de equipa em que os participantes devem marcar golo na baliza adversária, tacando no disco com o stick;
. patinagem artística no gelo, que pode ser executada individualmente ou a pares, combinando sempre patinagem com música, coreografia e dança;
. patinagem de velocidade no gelo, realizada sobre pistas de gelo e que apresenta provas que vão desde os 500 aos 10 000 m;
. saltos de esqui, praticados apenas por homens, em plataformas que variam entre os 90 e os 120 m de altura;
. short track, ou patinagem de velocidade em pista curta, que inclui provas de 500, 1000 e 1500 m;
. skeleton, uma prova de velocidade na qual o participante, deitado de bruços, guia um trenó apenas com os joelhos, tronco e cabeça;
. luge, em que o atleta, deitado, conduz, numa combinação de movimentos das pernas e do tronco, uma espécie de trenó;
. snowboard, que se divide em três provas, half pipe, slalom gigante e boardercross, sendo que esta última se estreou nos Jogos Olímpicos de Turim, em 2006.
A inclusão dos desportos de Inverno nos Jogos Olímpicos nunca foi muito pacífica dentro do Comité Olímpico Internacional. Apesar disso, a patinagem artística viria...
17 de fevereiro de 2010
Jogos Olímpicos 2010
TREINO - Qualidades Físicas - Parte 1
O treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas dos praticantes através da prática sistemática e planificada do exercício orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento científico.
Objectivamos através do treino atingir uma eficiência máxima com um dispêndio mínimo de energia e uma recuperação rápida.
O respeito quer pelos princípios metodológicos (unidade / individualização, continuidade, variação ondulante, ciclicidade da carga e progressão), quer pelos princípios biológicos (princípio da sobrecarga, princípio da reversibilidade, princípio da especificidade e princípio da retardabilidade / heterocronia) reveste-se de uma importância acrescida quando falamos no treino das capacidades físicas (mesmo este sendo integrado com os outros factores de treino como o deve ser).
No treino das capacidades físicas (resistência, força, velocidade e flexibilidade), deve ter-se em conta não só a natureza da carga (interna e a externa), mas também as suas componentes como a duração do exercício de treino, o volume, a intensidade (as relações entre a intensidade e volume), densidade e frequência.
VIAS ENERGÉTICAS:
Os músculos só se contraem devido á libertação de energia química. Assim, essa energia encontra-se armazenada no músculo e em outros tecidos orgânicos associada com algumas substâncias químicas: adenosina trifosfato (ATP), fosfocreatina (PC), hidratos de carbono, gorduras e proteínas.
No entanto, a única fonte de energia química que o organismo consegue utilizar no processo de contracção muscular provém do ATP, sendo as restantes fontes de energia utilizadas na sua ressíntese.
A produção de energia pode realizar-se através de dois processos metabólicos:
- Produção anaeróbica – quando a ressíntese do ATP é realizada sem a presença de oxigénio (O2);
- Produção aeróbica – quando a ressíntese do ATP é realizada com a presença de oxigénio (O2);
PRODUÇÃO ANAERÓBICA DE ENERGIA:
Logo desde o início da realização de uma actividade desportiva, com uma intensidade suficientemente elevada no músculo tem de produzir energia necessária pela...
via anaeróbica.
O primeiro mecanismo responsável pela síntese de ATP provém da síntese de PC que se combina com o ADP:
Esta fonte consegue produzir uma quantidade imediata e elevada de energia, mas as reservas de PC são muito limitadas, permitindo apenas a continuidade do processo de contracção muscular durante os 10 a 20 segundos iniciais.
Este processo de produção de energia é designado por fonte anaeróbica aláctica.
Depois deste período e com as reservas de PC quase esgotadas, o músculo, para continuar a ressíntese de ATP, terá de utilizar as outras fontes de energia. Assim, a fonte de energia que se segue será a dos hidratos de carbono, os quais provêm dos açucares que ingerimos na nossa alimentação, convertido em glicose. Desta forma, a glicóse é um processo de degradação de glicose com formação de moléculas de ATP e de ácido pirúvico:
Na ausência de O2, o ácido pirúvico transforma-se em ácido láctico, que é um produto residual altamente tóxico. O esgotamento das reservas de glicogénio e o aumento das concentrações de ácido láctico são os factores limitativos da continuidade do trabalho muscular.
Esta fonte de energia denomina-se por fonte anaeróbica láctica. Inicia a sua actividade 30 segundos após o começo do trabalho muscular, mantendo-se em funcionamento até aos 3’.
A quantidade de energia fornecida por este mecanismo tem um limite que é imposto pela quantidade de Ácido Láctico acumulado no Sangue. A capacidade de suportar taxas muito elevadas de ácido láctico no sangue varia de indivíduo para indivíduo e é um elemento que nos ajuda a caracterizar o estado de treino do jogador. (CONTINUA)
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FUTEBOL - A Cárie Dentária no Desporto
DEFINIÇÃO:
É um processo patológico, localizado aos dentes, de origem externa, que se manifesta depois da sua erupção e consiste no amolecimento progressivo dos tecidos duros dos dentes e evolui para a formação de uma cavidade.
É a doença de maior prevalência nas sociedades industrializadas, sendo a ingestão frequente de hidratos de carbono ( açucares ) o grande responsável.
Trata-se de uma doença da civilização, que resulta de excessos e não de carências e ao contrário da ideia generalizada, não é uma doença por carência de cálcio.
A cárie não afecta apenas a saúde oral, por vezes atinge órgãos e tecidos à distância, podendo ser responsável por infecções que envolvem o coração, os olhos, os rins, as articulações e os tendões.
É significativa a associação de artrites, tendinites e outras doenças osteoarticulares, com a existência de cáries dentárias e que são com frequência, refractárias ao tratamento.
É evidente que uma cavidade oral em bom estado não contribui para uma melhoria da performance atlética, no entanto, a mesma cavidade oral em mau estado, já poderá contribuir para que a mesma performance, não seja atingida.
ETIOLOGIA:
É complexa e resulta fundamentalmente da inter-relação de 3 factores principais.
1. HOSPEDEIRO
Há uma evidente susceptibilidade individual
2. PELÍCULA OU PLACA BACTERIANA
Restos alimentares e microflora oral, que se encontram aderentes ás superfícies dentárias e não destacáveis pela simples lavagem ( bochechar )
3. HIDRATOS DE CARBONO
Os efeitos nocivos dos açúcares não dependem tanto da sua quantidade ( ao contrário de outras doenças ) mas da frequência...
da sua ingestão e são mais nocivos ainda se ingeridos no intervalo das refeições, ou á noite, dada a diminuição do fluxo salivar ( importante mecanismo de defesa ) durante este período.
COMO PREVENIR:
1. HIGIENE ORAL
Nenhum método é eficaz se não for associado a uma rigorosa higiene oral.
Escovagem dos dentes após qualquer refeição.
Técnica correcta de escovagem, com escova macia e dentífricos não abrasivos.
Uso de fio dental para os espaços interdentários
2. CUIDADOS ALIMENTARES
Racionalização no consumo de hidratos de carbono, sobretudo dos açucares de uso corrente, não esquecendo a frequência e duração de contacto com os dentes são factores capitais.
3. UTILIZAÇÃO COMBINADA DE FLUORETOS
Utilização sistémica de flúor gotas ou comprimidos, sobretudo nas crianças até aos 12 / 13 anos.
4. UTILIZAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR
Utilização domiciliária na forma de dentífricos, soluções ou sais.
Utilização por profissionais, o ideal serão 2 aplicações por ano e em pessoas com elevado índice de cárie, 3 a 4 aplicações por ano.
Tem-se hoje como certo que o flúor em doses fracas leva a uma diminuição da cárie, porém não a suprime, não se podendo admitir que é a sua falta a causa da cárie dentária.
MUITO IMPORTANTE É A OBSERVAÇÃO PERIÓDICA DA CAVIDADE ORAL POR UM DENTISTA, DEVENDO O PROCEDIMENTO EFECTUAR-SE SEMPRE NO INICIO DE CADA ÉPOCA DESPORTIVA.
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